Leucemia em gatos
Atualmente o Brasil é o segundo país em população de animais domésticos do mundo, totalizando 139,3 milhões de pets. Os cães vêm em primeiro lugar com um total de 54,2 milhões, em seguida os felinos com 23,9 milhões no total. O restante é dividido entre as aves, peixes e outras espécies.
A população felina está em uma crescente nos últimos anos em nosso país. Muito ligado ao estilo de vida da sociedade que a cada dia mais vem se modificando. E com o aumento da população de felinos, temos visto aumentar a prevalência de doenças, como por exemplo a FELV.
Hoje a prevalência da infecção pelo vírus da leucemia felina (FeLV) no Brasil pode chegar em até 34,9% de gatos, dependendo da região. No Rio de Janeiro estudos baseados na detecção de antígenos mostraram um predomínio de 18,5% da FeLV em gatos, ou seja, a cada 100 animais, 18 são FeLV positivos.
E o que é a infecção pelo vírus da leucemia felina (FeLV)?
A FeLV é um Gammaretrovírus que tem como principal via de transmissão o contato direto com animais já infectados, seja pela lambedura de um gato contaminado, transmissão venérea, via transplacentária ou pela ingestão do leite materno, secreções como lágrimas, urina e fezes ou através do contato indireto com o gato contaminado, por exemplo, o compartilhamento de recipientes de água e comidas contaminadas.
Os sintomas podem variar e como atua principalmente no sistema imune os principais sintomas são:
• Aumento do ritmo cardíaco;
• Emagrecimento;
• Febre;
• Diarreia;
• Vômitos;
• Anormalidade nas gengivas;
• Apatia;
• Aumento na frequência de urinar;
• Secreção excessiva nos olhos;
• Problemas respiratórios;
• Anormalidade nas gengivas;
• Cicatrização lenta;
• Infecções crônicas em ferimentos na pele.
Esses animais infectados ainda podem desenvolver leucemias, linfossarcomas, síndromes mieloproliferativas e imunossupressão.
Existem gatos que vivem com FeLV e são assintomáticos, por isso a importância da rotina de consultas ao médico veterinário, atualmente os testes sorológicos de anticorpos são muito utilizados para auxiliar o diagnóstico dessa doença, entre elas temos o SNAP ELISA da IDEXX – Fiv/FelV, que detecta anticorpos específicos para o vírus da imunodeficiência felina (FIV) e antígenos do vírus da leucemia felina (FeLV), com uma alta sensibilidade e alta especificidade.
Leucemia em cães
A leucemia em cães é uma doença que acomete um número significativo de cães de diferentes raças. Para um melhor entendimento da doença, a leucemia é a proliferação anormal de glóbulos brancos (leucócitos) do sangue sem uma causa aparente, sendo classificado pela medicina, como um câncer. A medula óssea do animal começa a produzir um número anormal de glóbulos brancos, fazendo com que haja um descontrole das células sanguíneas.
A leucemia, ao contrário do que muitos pensam, não existe em apenas um tipo. A leucemia em cães pode ser dividida em dois tipos, que são Leucemia Linfóide e Leucemia Mielóide.
Leucemia Linfóide: Nesse tipo de leucemia ocorre a produção anormal de leucócitos (glóbulos brancos) pela medula óssea, denominados de linfócitos B. Normalmente, as células cancerígenas se disseminam por todo o sangue, como também, na medula óssea.
Leucemia Mieloide: Na Leucemia Mieloide, são afetadas, de forma acentuada, as células mieloides, sendo estas classificadas também como glóbulos brancos.
Os principais sinais clínicos achados em pacientes portadores, são:
• Aparecimento de febre;
• Dores nas articulações;
• Fraqueza;
• Anemia;
• Linfonodos palpáveis;
• Perda de Peso;
• Depressão;
• Morte do animal.
Os animais mais afetados por esse tipo de leucemia são os cães mais novos. Em cães e gatos o diagnóstico da doença é difícil, mas fique atento a todas as dicas que é possível identicá-la.
Quer saber mais sobre prevenção e tratamento da FeLV ou outras doenças que podem acometer seu amigo? Procure um médico veterinário e converse com ele.
Fonte: https://www.scielo.br/pdf/abmvz/v59n4/19.pdf, http://petcare.com.br/leucemia-em-caes-e-gatos/