A hepatite é a inflamação do fígado, que nos humanos pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas e é considerada problema de saúde pública no Brasil e no mundo.
De acordo com o Ministério da Saúde, em 2017 o Brasil registrou 40.198 casos novos de hepatites virais, sendo que 70% dos óbitos por hepatites são decorrentes da hepatite C, seguido da Hepatite B (21,8%) e A (1,7%). Com o objetivo de chamar atenção para a prevenção e atenção à hepatite, em julho de 2019, foi sancionada no Brasil a Lei 13.802 que institui o “Julho Amarelo”, que também visa reforçar as iniciativas de vigilância, prevenção e controle da doença.
A doença grave não acomete apenas seres humanos. Os animais, em especial os pets também podem sofrer com a hepatite e o diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para salvar a vida do animal, como explica a médica veterinária homeopata, Dra. Mônica de Souza.
“A hepatite é uma patologia que é passível de acometer os animais domésticos e possui várias causas. A hepatite infecciosa mais conhecida e estudada é a Hepatite Infecciosa Canina. Hepatites por causas toxicogênicas e secundárias a outras enfermidades, como a erlichiose (doença do carrapato) também são muito comuns. Como o fígado é o órgão “detox”, um animal com hepatite, fica com excesso de toxinas circulantes, quadro que irá influenciar no funcionamento do organismo como um todo. Se não tratada a tempo, uma das consequências é a morte”, alerta a veterinária homeopata.
Sem risco de contágio para os humanos, a Hepatite Infecciosa Canina é causada por um vírus altamente contagioso entre os cães. A manifestação é maior em filhotes não vacinados. Ela pode se manifestar em suas fases aguda e hiperaguda, com sintomas que vão desde febre alta, apatia, falta de apetite, vômitos e diarreias até quadros convulsivos, levando a morte em situações mais graves. Como sequela o animal pode ficar com opacidade de córnea, chamada de ‘olho azul’. No caso das hepatites causadas por sobrecarga do fígado por conta de medicações de uso contínuo ou aquelas advindas secundariamente à outras enfermidades, a avaliação veterinária é necessária para o diagnóstico e prescrição.
Gatos – Diferente dos cães, os felinos não têm hepatite infecciosa, mas podem sofrer com quadros secundários de doenças graves entre gatos, como PIF (Perionite Infecciosa Felina), FIV (Imunodeficiência Felina) e FeLV (Leucemia Felina). Tais patologias atacam o sistema imunológico do animal, facilitando o surgimento de doenças que atacam órgãos vitais, como a hepatite que prejudica o funcionamento do fígado do animal.
Tanto em cães quanto em gatos, a hepatite se apresenta der forma viral (sem qualquer relação com a hepatite humana); parasitária; tóxica (muito comum em gatos), causada por ingestão de alimentos ou medicamentos; congênitas e bacterianas (esta não acomete felinos, apenas cães).
Dra. Mônica alerta que no caso dos cães, a melhor prevenção ocorre por meio de vacinas (no caso das hepatites infecciosas) que devem ser administradas nos filhotes em três doses a partir dos 45 dias de vida, com intervalo de 30 dias. Ressaltando que nos casos das demais hepatites, a prevenção é atentar para alimentação adequada e no
caso de uso de medicamentos hepatotóxicos, utilizar homeopatia preventiva.
Caso o animal apresente sintomas como prostração, falta de apetite, vômito, mudança de comportamento e/ou mudança de cor das gengivas e olhos, é importante consultar um médico veterinário para realização de exames. Nos pets, a doença é perigosa e mortal assim como nos humanos, caso não seja tratada.
“As lesões hepáticas dos pets, tanto as de causa secundária à doenças (como a doença do carrapato ou a leptospirose) como as provocadas por intoxicações alimentares (excesso de gordura na comida, por produtos químicos ou em tratamentos contínuos com medicamentos que intoxicam o fígado) podem ser de várias intensidades, e são diagnosticadas através de exame laboratorial e acompanhadas pelo médico veterinário. O fígado é um “órgão silencioso”, muitas vezes quando o animal expressa algum sintoma, uma grande parte do órgão está comprometida.
O tratamento é sintomático, com uso principalmente, de protetores hepáticos e cuidados nutricionais. Dietas com rações específicas para proteção hepática ou alimentação natural rica em fibras e pobre em gorduras”, explica.
homeopatia veterinária pode ser uma grande aliada no tratamento da hepatite em pets, pois, promove além da proteção hepática, regeneração do fígado e diminuição da opacidade da córnea.
“Como ganho adicional do tratamento homeopático, o animal terá bem-estar e melhora na disposição, apetite e sono, pois, a homeopatia trata o paciente debilitado como um todo em suas funções orgânicas e também em disposição e energia”, finaliza Dra. Mônica, que é responsável técnica da Sigo Homeopatia Veterinária, empresa sul-mato-grossense que há quase 20 anos se dedica ao tratamento e bem-estar animal.